Jul 22, 2007

Vida Selvagem

Ontem me vi contemplando a espécime humana, mais precisamente um único exemplar, que por sua vez serviu como reflexo dos outros que estavam no mesmo habitat.
É fato que o objetivo principal na vida de um macho é acasalar com uma ou mais fêmeas.
Essa não é uma tarefa fácil na maioria das espécies, porém na humana, checa-se uma padrão de comportamento peculiar que pode ser bem complexo e variar muito entre os diversos tipos de indivíduos.
Podemos observar que o macho em seu ambiente de caça tem como primeiro obstáculo encontrar uma fêmea disponível, de preferência antes que outros machos a encontrem.
Para simplificar podemos dividir o exemplar feminino em duas espécies: as maduras e sexualmente receptivas e as sexualmente imaturas e ainda em fase de desenvolvimento, a segunda opção ainda é a mais desejada, mas é uma éspecie rara e difícil de ser encontrada.
Começa assim um complexo comportamento grupal onde as fêmeas, em sua grande maioria, fazem propagandas de si mesmas, tornando-se mais comunicativas, mais sorridentes e ligeiramente "indefesas" e os machos se tornam mais "inteligêntes", engraçados, "simpáticos" e "másculos" (notado no claro moviento de estufar o peito).
O macho ao encontrar sua fêmea alvo direje-se ao "espaço" ocupado por ela para analisar seu habitat e o grupo da qual faz parte. Após a checagem destes itens é que o processo de acasalamento começa ou não.
Quando todas as checagens são positivas dá-se início a segunda fase, onde poderemos notar certos padrões do comportamento masculino bem interessantes, que são: as caretas, o olhar matador, a dancinha, e o mais importante dos itens, a cantada inicial.
Vamos falar sobre este último item, que é considerado o mais vital de todos eles, sem esquecer é claro que um equilíbrio entre todos se faz necessário.
Em boa parte dos machos existêntes, a cantada não é uma característica muito bem desenvolvida, levando o macho a várias tentativas de acasalamento em um único dia, até que encontre a fêmea receptora.
Esta característica defeitusa com o passar dos tempos, para nossa surpresa, não está em constante evolução, nota-se aqui um estranho fenômeno de "congelamento", onde comparando espécies de diferentes épocas e tipos notamos a total semelhança das cantadas.
A fêmea por sua vez como forma de defesa e/ou sobrevivência, acabou evoluindo para um maior número de espécies.
Podemos citar como exemplo a mais nova delas, que é a aranha-caçadora. Estas criaram um mecanismo de defesa onde a principal característima masculina (a cantada) deixou de surtir efeito, e passou a ser adotadas por elas. Para a aranha-caçadora o macho não necessita de muitas características positivas e em muitos casos pode nem possuir um mecanismo de cantada; pra elas basta uma análise rápida e superficial para o ataque ser realizado.
Esta espécime é mais rápida e mais perigosa que as demais, e tendem a ser mais agressivas entre elas (comportamento que não vemos com frequências nos machos).
Analisando a aranha-caçadora e os machos em um habitat fechado, pude verificar que eles vem dando preferência para este novo exemplar feminino, pois assim eles não precisam ativar seu falho mecanismo de cantada e ainda agilizam e tornam mais fácil o tão esperado acasalamento.
Para finalizar encurtar este texto monstruoso, e como uma boa observadora, não nego que é muito mais divertido e engraçado observar a aranha-caçadora atacando um macho supostamente indefeso.

2 comments:

Historiador do cotidiano said...

Natureza humana observada numa mesa de bar...

Anonymous said...

Sabe o que eu sempre digo as Aranhas caçadoras?

Rebola no anal e engole até o fim (no oral), pq as Bichas "tão" fazendo isso!


Ps. Sem essa de Ligar no outro dia apaixonada.