Aug 31, 2007

Back to black - Amy Winehouse

Ele não perdeu tempo se arrependendo
E ainda molhado de sexo
Fez o mesmo jogo de sempre
E eu, chapada
e sem forças pra chorar
Sigo sem ele
Você voltou pro mundo que conhece
sem pensar nas coisas que passamos
E eu vou pelo pior caminho
Sem perspectivas
Eu voltarei para o poço

Nos despidimos com palavras
E essa dor me mata a toda hora
Você volta pra ela
E eu volto

Eu volto pra nós

Te amo demais
Mas não é suficiente
Você gosta de cheirar e eu de fumar
E a vida é um grande canudo
E eu sou uma moedinha rolando nas suas paredes

Nos despidimos com palavras
E essa dor me mata a toda hora
Você volta pra ela
E eu volto
Pro poço

Aug 19, 2007

Asas negras encobrem meu rosto

Ouvindo Antony & the Johnsons


Quero libertar-me, mas estas longas asas negras não me deixam partir.
Procuro uma saída mas só vejo escuridão, não encontro as portas do céu, estou perdida sentada em meu passado, olhando para trás e vendo as marcas profundas que minha carne carrega.
Minhas chagas ainda jorram e mancham de vermelho minhas mãos.
O mesmo pesadelo me atormenta, noite após noite, vem e tira de mim toda a força necessária para manter este corpo doente respirando.
Quero esquecê-lo mas não posso, ele está preso ao meu corpo causando dor, angústia.
Estou fraca, sem forças, preciso desesperadamente encontrar a porta do paraíso, minha respiração está lenta, meus olhos sangram nesta escuridão que parece não ter fim; tento não desistir mas a saída está cada vez mais distante.
Estou só neste silêncio, neste vazio, sendo consumida lentamente, observando as fendas brotarem da terra e tocarem os meus pés.
Quero libertar-me mas não consigo. A cura está em minha frente mas fora do alcance das minhas mãos, por mais que eu tente elas não a tocam.
Estou caída sobre meu vestido sujo e rasgado, observando-a com o último suspiro de minha alma.
É impossível tocá-la.
O melhor é esperar, esperar; pois agora sei que este é o meu castigo, meu destino.

Aug 15, 2007

O preço da vaidade.


Acho que não preciso dizer nada. Assista ao vídeo aqui. Make-up

Aug 11, 2007

Quando Nietzsche Chorou

"É difícil, acredito, superestimar o grau em que a vida, a vida real, é vivida pelo inconsciente. A consciência é apenas uma película translúcida que cobre a existência: o olho treinado enxerga através dela, vislumbrando forças primitivas, instintos, o verdadeiro motor da vontade de poder."

Proust 2

Ouvindo The Cure

"
Existe no amor um estado anormal, capaz de dar logo, ao acidente mais simples em aparência, e que pode sempre ocorrer, uma gravidade que, por si mesmo, tal acidente não comportaria. O que nos faz tão feliz é a presença, no coração, de alguma coisa instável que a gente procura constantemente manter em equilíbrio e que quase não percebemos enquanto não é deslocada. Na verdade, existe um sofrimento permanente no amor, que a alegria neutraliza, torna virtual, adia, mas que pode, a qualquer momento, transformar-se no que seria há muito tempo se a gente não tivesse obtido o que desejava: atroz."